O Posto Ipiranga

            O Posto Ipiranga, na Rua Barão do Triunfo, além do sustento da família por longos anos era o ponto de encontro de grandes amigos.  Era ponto de discussões políticas, ou a base de apoio ao todo o pessoal de Santa Rita do Ibitipoca, Santana do Garambéu e Ibertioga em Barbacena. Era o local de relaxamento dos aposentados da redondeza, e também o ponto que os amigos do bairro do Campo se encontravam. Enfim, era um local com muita vida e atividade. O símbolo marcante do posto era uma bandeira do flamengo.

Os colaboradores :

Não foram muitos, mas todos estão muito presentes em nossa memória. Tudo começou com Leitão e Mandioca (primo do Hudson). Depois vieram Jaci, Jacizinho e Marcinho Andretto. Sempre com um dos filhos, Bebeto ou Fernando.

A Política :

Foi no posto Ipiranga que Lídio Nusca, Manoel Conegundes e toda a cúpula do MDB desenharam a primeira derrubada histórica das oligarquias Bias e Andradas em Barbacena. Lá se encontravam todos os apoiadores e até mesmo os adversários políticos, de vez em quando. Todos os dias haviam discussões acaloradas, acordos políticos e estratégias traçadas no posto. Hudson tinham muitos amigos na política e, por ser um dos fundadores do MDB em Barbacena, conhecia muitos políticos da época.

Alguns nomes serão citados e, caso algum tenha sido esquecido, pedimos perdão e por favor entrem em contato para incluirmos no site.

Vereadores como Nédio Vieira, Paiva Neto (carinhosamente chamado de piolho), Paulo Araújo, Álvaro Kelmer.

Prefeitos como Vicente Araújo, Lídio Nusca, Ronaldo Vaz de Melo. E muitos prefeitos das cidades da redondeza como Nini (Santana), Jaime, Joaquim e Nelo (Santa Rita do Ibitipoca), Tatão (Ibertioga). E até deputados como Conegundes e Zé Bodeco.

A Vizinhança :

A vizinhança do posto era muito presente no dia a dia. O contato era intenso e muitas histórias surgiram nos anos a fio. Alguns ficavam por horas conversando no posto, outros simplesmente passavam.

Tinha a D. Izabel, uma libanesa tradicional, que morava com seus filhos Alaor e José Sad em frente ao posto, onde tinham um bar. Às sextas e sábados à noite eram esperados pelos quibes fritos maravilhosos que faziam. Todos eram nossos amigos. Alaor até ajudava no posto quando estava atoa. Até subiu em caminhão de combustível para checar o nível durante o descarregamento, com um cigarro aceso na boca. Seu cunhado Fernandinho era um amigo que passava muito tempo no posto e nos finais de semana era companheiro de pedalada.

Outro vizinho presente foi o Zé Coruja com seu bar. É uma figura de Barbacena. E assim como ele, também havia o Bar do Beiçudo, que fritava um pastel excelente. O Bar Bambu ficava um pouco mais distante, mas foi muito conhecido.

A mercearia do Galdino tinha uma empada e pudim de leite, e o atendente era o Zico, um viciado em jogo do bicho que chegou a subir em um poste para ver o número do transformador que havia sonhado.

O posto do Fanico, posto do Wilsinho Barra, padaria do Moraes, Padaria Cisne Azul e mercadinho do Zé Bocão também ficavam pela redondeza. No açougue do Casanova se fritava um torresmo maravilhoso aos sábados e sempre comprávamos para a turma que ficava no posto. A Casa Badaró era o ponto de comprar material de pesca para as pescarias de domingo. A farmácia do Getúlio também era um ponto de conversar e ele era uma figura.

No apartamento em frente morava o Odilon, uma figura de Barbacena. Durante a obra ao lado do posto ele ficava vestido somente de langerie, mostrando os seios para os trabalhadores da obra. Ele mexia com todos que passavam.

Os Frequentadores :

No posto sempre havia alguém jogando conversa fora. às vezes não havia nem lugar pra sentar. O Zé Antônio, Bacalhau, Sr. Ildeu, que apostava com o Jacizinho todo o volante da loteria esportiva aos finais de semana, Waldemar Andretto, Devanir Oliveira e toda sua família, Antonio Baungratz, Edézio.. 

Além disso, todos os estudantes de Santa Rita e redondezas passavam e ficavam um pouco por lá. Gilvan, Gilceu e Gilson, filhos do Bento, Denilson, filho do Delman, Mauro de Santana do Garambéu,,e muitos outros. O ponto do ônibus de Bias Fortes era em frente ao posto, então o pessoal aguardava o ônibus jogando conversa fora no posto.

O Alemão, sócio do Hudson no sítio, ia toda manhã bem cedo, depois ia para o sítio buscar o leite e depois voltava e pagava um pudim para nós. Uma vez ele chegou antes do posto abrir e queria estacionar no posto antes do Jacizinho chegar. Porém esqueceu que havia uma corrente que trancava o posto e bateu o para lamas do fusca fortemente. Teve um enorme prejuízo. Ele era uma excelente pessoa, porém dirigir nunca foi seu forte.

O Piu era outro sócio do sítio e estava sempre no posto. Uma figura excelente, de um bom humor inacreditável.

Por um longo período, o posto era um ponto de distribuição do leite tirado no sítio. Muitas pessoas iam buscar leite fresco lá.

Outros frequentadores eram muito presentes e muito amigos. Tinha o Waldir (Zoiudo) do INPS, uma peça rara. O Magela, do banco real, ficava conversando fiado às tardes. O Armando Russo ia todos os dias no final do expediente. Até os concorrentes Wilson Barra e Pedro Artur iam jogar conversa fora no posto.

Os motoristas que levavam combustível também foram pessoas marcantes. Começou com o Sérgio Rocha, de BH, que é uma pessoa boníssima. Depois o Ailton, funcionário dele, passou a levar. Ele dizia que preferia dirigir em Nova York que em Barbacena, pois nunca viu tanto barbeiro na vida dele. Por último o Miguel Viana, que era de Barbacena, começou a transportar para o posto e às vezes para o posto do Zé Roberto, outro amigo. O Miguel tinha que parar no caminho e pegar umas plantas para o Hudson fazer chá.

Os primos Eliezer, Tião, Machudo, Telegrama, Mandioca e João também estavam sempre por lá. Aliás o Tião também teve uma farmácia lá por perto. O Cabeção (Mauro) também era um primo que frequentava muito o posto.

A família Andretto também frequentava muito, mas o fusca morava mais na oficina deles que em casa. O Alberto Andretto não era sócio da oficina, mas estava sempre lá. Tinha o Waldemar, Ivo, Marcinho, Maurinho e Neném.

O Gegê era um amigo que não saia do posto. Ele era despachante mas seu negócio era vender bugigangas usadas. Seu pai era freguês e era conhecido como Debréa.

O Sr. Jorge Abalém e seus 3 filhos (Guto, Marcelo e Jorginho) estavam sempre lá e toda sexta abasteciam o carro para a farra dos finais de semana. O Professor Márcio ia conversar sobre as pescarias, apesar de não irmos juntos.

Havia as figuras de Barbacena que também passavam no Posto. O GMC gritava galo só para irritar o Hudson.

 

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